A biologia de um Dragão - Parte I: O dragão pré-histórico
Os dragões são os seres mitológicos mais conhecidos do mundo. Toda criança (ou adulto) já se imaginou voando em cima de um dragão ou lutando contra um. Séries e filmes como Game of Thrones, Harry Potter e o Senhor dos anéis, por exemplo, contam com a ilustre presença de dragões. Mas você já imaginou como seriam as coisas se os dragões realmente tivessem existido?
O nosso desafio durante o mês de Dezembro será dar asas a nossa imaginação e tentar recriar a anatomia, a fisiologia, e o estilo de vida dos dragões. Todas as segundas-feiras deste mês de abriremos as portas para um mundo novo e para estar frente a frente com essas magníficas criaturas.
Os primeiros dragões provavelmente surgiram no período Cretássio, co-existindo com os dinossauros. Pertencentes aos grupos dos répteis, os dragões pré-históricos apresentavam o corpo escamoso e eram ovíparos, além de serem exotérmicos, ou seja, seu corpo não produzia calor. Como todos os vertebrados, possuíam quatro membros, nos quais os dois da frente eram asas. Assim como os pássaros, a presença de ossos pneumáticos auxiliava no voo. Entretanto, apenas com estas características o dragão pre-histórico não conseguiria voar, por ser muito pesado. A flora intestinal de um dragão é diferente de qualquer outra que se conhece. Ela contêm bactérias que liberam hidrogênio como resultado da digestão do alimento. Este hidrogênio é coletado para uma câmara chamada de câmara de voo, e a baixa densidade oferecida por esta câmara é o toque final que daria a capacidade aos dragões para voarem.
Mas e o fogo? Como explicaríamos um animal que consegue cuspir fogo?
O hidrogênio proveniente da câmara de voo é altamente inflamável, faltando apenas algo para acender o pavio. Assim os dragões raspavam prata com seus dentes e a mistura de oxigênio, hidrogênio e uma faísca promovida pelo atrito da prata entre os dentes do dragão era capaz de produzir fogo. Mas essa era uma tarefa delicada. O hidrogênio usado para produzir fogo era o mesmo que permitia seu voo. Então os dragões pré-históricos precisava medir muito bem as horas de usar esta habilidade.
Os dragões pré-históricos geralmente eram solitários, encontrando-se apenas para o acasalamento. Entretanto, o casal permanecia junto durante os primeiros anos dos filhotes, até que eles aprendessem a voar, cuspir fogo e caçar sozinhos. A alimentação dos dragões pré-históricos era baseada na caça de animais de pequeno porte como os Raptores e Coelussauros por exemplo e eles apenas confrontavam animais maiores, como o Tiranossauro Rex, quando atacados.
Infelizmente, a extinção KT, que acabou com os dinossauros também causaram a extinção destas maravilhosas criaturas pré-históricas. Mas esse seria o fim dos dragões?
Na próxima quinta-feira veremos qual a continuação desta história e quais rumos tomaram os dragões! Até semana que vem.
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As teorias e discussões foram baseadas em um documentário muito legal da Discovery chamado “Dragon's World – A fantasy Real made”.